sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Sobre pedras que falam
Somos ao menos dois: razão e emoção, hemisfério direito e esquerdo, dentro e fora.
Para Golleman e Gardner somos mais, ao menos vários. Foi o que descobriram nas pesquisas. Um chamou de Inteligência Emocional. Outro de Inteligências Múltiplas. Pra dizer que somos muitos.
A lógico-matemática e linguistica aprendemos ou desenvolvemos nas escolas. A pictórica, naturalista, interpessoal, intrapessoal, cinestésico-corporal, musical, aprendemos por aí. Na escola inclusive. E nas ruas, igrejas, monastérios.
As pedras falam por meio dessas inteligências, que todos temos. A Naturalista nos conta de maneira direta o que o ambiente tem a nos ensinar: somos parte dele e não aparte dele. Somos o ambiente e não seres vindos de outro planeta e despejados aqui. Tudo está conectado: o ar que respiramos vem da fotossíntese, que recolhe o gás carbônico que expiramos; a mesma água está aqui desde o início e já passou por rochas, rios, mares, ares, pulmões, intestinos, beijos, respirações.
Junto a ela, a Intrapessoal nos coloca em níveis de percepção diferenciados. Todos tempos disso: os insights, as descobertas malucas, as sincronicidades, a espiritualidade, o pensamento focado que realiza, o auto-conhecimento. Conhecer-se a si mesmo desemboca em conhecer o outro. Somos todos um, afinal. Um multiplicado ao infinito. O infinito sintetizado em um. As teias, as relações, as organizações, o caos.
Conhecer a si mesmo e permitir-se integrar com o ambiente. Isso é igual a falar a língua dos anjos. A conversar com as árvores, os pássaros, os riachos. E, claro, as pedras.
Não que falem a lingua dos homens. Falam a lingua universal, cósmica. A mesma lingua que fala Gaia, a mãe de todos nós. E falando a lingua de Gaia, as pedras se comunicam. Aprendendo a lingua de Gaia, podemos todos falar a mesma lingua. E nos comunicar com os pássaros, aviões, gatos, montanhas e cascatas. E com nossos semelhantes, os humanos - de todos os que menos se comunicam, talvez - embora os mais falantes, talvez.
Em Gaia Terranova exercitamos a comunicação ampla. Em silêncio tudo se ouve, tudo se fala, tudo se comunica.
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