
Dando seqüência ao desenvolvimento de “ecotecnologia de tratamento biológico de efluentes domésticos com reuso de águas” (tema da dissertação de mestrado), trabalhando com as águas cinzas, resolvemos aperfeiçoar o processo da Lagoa Multifuncional 1: do tambor de acumulação e distribuição instalado logo após o filtro, uma mangueira faz agora a ligação com pequeno lago multifuncional associado a pequeno brejo (compare a instalação da 080922 – Lagoa multifuncional e seu entorno com o estado atual da mesma, dois meses depois).
A função do brejo é abrigar plantas e microrganismos associados a suas raízes funcionando como mais um filtro das águas cinzas que chegam ao sistema. Anexo ao mesmo um pequeno lago abriga agora aguapés e agrião bravo cujas raízes continuam o processo de filtragem e quebra dos nutrientes presentes na água.
Sistema melhorado a partir da primeira wetland construída, esse já não utiliza pedras ou concreto, apenas tijolos sem argamassa e plástico como impermeabilizante. O sol contribui com raios ultravioleta para o saneamento do sistema.
Sapo e rã já visitam e moram no sistema, o que nos dá indicação de que o mesmo está evoluindo bem. Recentemente (três semanas atrás) colocamos peixes na Lagoa Multifuncionais 2 (extensão dessa primeira) com objetivo de realizarem o controle biológico de larvas diversas, principalmente mosquitos. O receio inicial era a pouca disponibilidade de oxigênio o que levaria à morte dos peixes, o que não aconteceu. Como os peixes vão “indo bem, obrigado”, há três dias fiz o “transplante” de quatro indivíduos (três tilápias e um lambari) para a Lagoa Multifuncional 1, que achava tinha menos oxigênio que o sistema 2, uma vez que o mesmo recebe a carga inicial de águas cinzas. Como estão indo bem também, concluo que o sistema como um todo está evoluindo a contento. Em dezembro iniciamos a coleta e análise dessas águas para aferir indicadores de qualidade como DBO, DQO, sólidos suspensos, etc.