A Natureza como modelo na construção de Casas Ecológicas, Habitats Sustentáveis, Tecnologias Vivas e Comunidades Sustentáveis.

Nature as the model for the construction of Ecological Houses, Sustainable Habitats, Living Technologys and Sustainable Communities.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

081121 – Lagoa multifuncional 1 (clique para ver as imagens)



Dando seqüência ao desenvolvimento de “ecotecnologia de tratamento biológico de efluentes domésticos com reuso de águas” (tema da dissertação de mestrado), trabalhando com as águas cinzas, resolvemos aperfeiçoar o processo da Lagoa Multifuncional 1: do tambor de acumulação e distribuição instalado logo após o filtro, uma mangueira faz agora a ligação com pequeno lago multifuncional associado a pequeno brejo (compare a instalação da 080922 – Lagoa multifuncional e seu entorno com o estado atual da mesma, dois meses depois).
A função do brejo é abrigar plantas e microrganismos associados a suas raízes funcionando como mais um filtro das águas cinzas que chegam ao sistema. Anexo ao mesmo um pequeno lago abriga agora aguapés e agrião bravo cujas raízes continuam o processo de filtragem e quebra dos nutrientes presentes na água.
Sistema melhorado a partir da primeira wetland construída, esse já não utiliza pedras ou concreto, apenas tijolos sem argamassa e plástico como impermeabilizante. O sol contribui com raios ultravioleta para o saneamento do sistema.
Sapo e rã já visitam e moram no sistema, o que nos dá indicação de que o mesmo está evoluindo bem. Recentemente (três semanas atrás) colocamos peixes na Lagoa Multifuncionais 2 (extensão dessa primeira) com objetivo de realizarem o controle biológico de larvas diversas, principalmente mosquitos. O receio inicial era a pouca disponibilidade de oxigênio o que levaria à morte dos peixes, o que não aconteceu. Como os peixes vão “indo bem, obrigado”, há três dias fiz o “transplante” de quatro indivíduos (três tilápias e um lambari) para a Lagoa Multifuncional 1, que achava tinha menos oxigênio que o sistema 2, uma vez que o mesmo recebe a carga inicial de águas cinzas. Como estão indo bem também, concluo que o sistema como um todo está evoluindo a contento. Em dezembro iniciamos a coleta e análise dessas águas para aferir indicadores de qualidade como DBO, DQO, sólidos suspensos, etc.

081118 – Visita PM Piranguinho II (clique para ver as imagens)



O pessoal da prefeitura que não veio antes chegou agora: secretários de governo, agricultura, médicos do posto e vigilância sanitária, pessoal do CODEMA, vereador. Queremos trabalhar de perto com o poder público local, auxiliando no planejamento macro, avaliação ambiental estratégica, corredores ecológicos, design e planejamento da vila popular que se quer construir nessa gestão, dotando-a de conceitos de sustentabilidade, talvez a primeira ou uma das primeiras experiências desse tipo no país.

081116 – Início das águas - Vista Geral (clique para ver as imagens)



Nada como a água para vivificar um lugar, uma paisagem, um terreno. Vale a pena dar uma olhada em imagens de Gaia Terranova dois meses atrás e agora, quando as chuvas iniciam na região. A terra responde muito rápido, os pés de milho já estão granando, feijão já começa a ser colhido, abóbora já está quase no ponto, chuchu vem vindo, assim como cana, uva, moranga, maracujá, milho (de pipoca, caboclo, preto, branco), feijão (preto, carioquinha, guandu, vara, porco, vermelho, etc). Fartura!!!

081111 – Visita PM Piranguinho I (clique para ver as imagens)



Podemos ter no município uma experiência inédita no país, lançando as bases de vilas sustentáveis a partir das experiências acumuladas e pesquisas desenvolvidas em Gaia Terranova. Secretários de Educação, Turismo, Saúde e Comunicação de Piranguinho vieram conhecer a proposta. Queremos trabalhar com as crianças da rede de ensino, capacitar professores, orientar e capacitar populações rurais e para isso uma parceria com o poder público é indispensável.

081028 – Visita do Colégio Sagrado Coração de Jesus (clique para ver as imagens)



Iniciamos uma nova etapa, voltada agora para a EcoEducação e Educação para a Sustentabilidade. Para isso iniciamos contato com escolas da região, trazendo professores para conhecerem as propostas que desenvolvemos por aqui. A idéia é trazer crianças e fazer um trabalho em parceria com os professores, a partir de 2009, construindo a sustentabilidade a partir das raízes.

081027 – Flores mãe (clique para ver as imagens)


Orgulho da mãe são suas flores que já estão crescendo pra todo lado em Gaia Terranova.

081006 – Curvas de nível (clique para ver as imagens)



Recentemente preparamos apostila para capacitação de jovens, trabalho realizado pela ONG Catalisa, nossa parceira (www.catalisa.org.br). Faltavam imagens sobre curvas de nível, como construí-las a partir de materiais locais. Fácil-fácil depois que se aprende, rs.

081006 – Composteira, águas cinzas, minhocário (clique para ver as imagens)


Em Gaia Terranova nada é perdido. Entulho de construção é reaproveitado. Plantas capinadas permanecem protegendo o solo. Plantas manejadas na wetland e brejos construídos, restos vegetais da cozinha, podas de árvores, tudo vai pra composteira. Um pequeno minhocário cuida de transformar esterco em húmus.

081005 – Sítio Macieira - Luiz Eugênio (clique para ver as imagens)



Amigo do mestrado, Wilmer há tempos nos falava de amigo morador da Mantiqueira, Luiz Eugênio, e fomos fazer uma visita. Trabalho bonito do casal, filhinha recém chegada. Luiz trabalha com pesquisa de oliveiras e tem inúmeras variedades plantadas no sítio, produzindo mudas e preparando para extração de óleo ano que vem. Muita gente fazendo pesquisas, experimentos, experiências e ações diversas na Mantiqueira.

081005 – Filtro águas cinzas (clique para ver as imagens)



Também o filtro está evoluindo bem, já coberto de plantas: hortelã, papiro, biri vermelho e amarelo, taboa, gramíneas diversas. A cada três meses temos feito manutenção, que consiste em revolver pedras ou retirar excesso de vegetação, que vai para a composteira.

081004 – Lagoa multifuncional 2 (clique para ver as imagens)



Partindo da Lagoa Multifuncional 1, uma mangueira faz o excesso de água chegar à Lagoa Multifuncional 2, uma lagoa dupla. Na primeira parte a água penetra no solo e, como que reproduzindo um lençol freático, abastece o lago, que recebeu já várias plantas, embora esteja em estágio inicial de formação. Um pequeno canal filtra a água da lagoa menor para a maior onde o eventual excesso infiltra no solo fornecendo umidade para plantas logo abaixo. Todo sistema está ainda em experimentação e aperfeiçoamento.

081004 – Gente pessoa, gente gata, gente beija-flor e gente flor (clique para ver as imagens)



Gente é todo ser vivo: pessoa, gato, beija-flor, flor, árvore, microrganismo, organismo. Tudo gente boa ser vivo. Cumprem cada qual seu papel, atuam seu personagem na orquestra biosférica. No Dicionário Aurélio, “ser gente” é “ter importância ou valimento, ser alguém”. Então já acho que gente não é apenas ser vivo, mas tudo: terra, rocha, ar, água, planeta. Tudo é gente, nem tudo humano.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

080922 – Lagoa multifuncional


Nesse fim-de-semana resolvi construir pequena lagoa multifuncional com a idéia de ampliar as possibilidades de tratamento de águas cinzas, armazenamento de águas de chuva, ampliação de nichos ecológicos, diversidade paisagística e irrigação. Como foi um fim-de-semana chuvoso, aproveitei águas do telhado, acumuladas junto à entrada da casa, conduzindo-as por mangueira (veja a mangueira solta sobre a lagoa) como complemento de tubulação enterrada ligando tambor de água cinza filtrada à lagoa. Assim, em poucas horas o sistema estava cheio, permitindo que no dia seguinte fizesse alguns ajustes e modificações. Resolvi que não queria apenas uma pequena lagoa, mas também um pequeno charco junto à entrada de água vinda do tambor de acúmulo de águas cinzas. Refiz então o nivelamento de parte do terreno, reposicionando tijolos e aprofundando o leito para ganhar mais volume, instalando ainda uma corcova de terra sob a lona plástica para formar dois ambientes diferentes. Sobre a lona duas fieiras de tijolos fez a separação dos diferentes ambientes: a parte menor recebeu uma camada de brita e sobre ela areia e terra misturados; a parte maior ficou apenas para água. Por fim coloquei algumas plantas no charco (biri amarelo, papiro, hortelã, gramíneas, espinafre e capuchinha) e aguapés na lagoa.

sábado, 13 de setembro de 2008

080912 – Espiral de ervas (clique para ver as imagens)


Há tempos queria fazer uma “espiral de ervas”, sistema que pode ser construído das mais diversas formas (aqui utilizamos granitos rosas que estão no terreno desde a construção da “casa um”, ano passado – veja o blog no começo) e que tem por objetivo criar diferentes habitats e microclimas que permitam o plantio de diversas espécies em um mesmo local. Assim, uma espiral em sua parte superior tende a ter um solo mais seco e na parte inferior mais úmido. Ao norte, sendo mais iluminado, permite o plantio de flores, essências e plantas que gostam de mais sol e, no lado oposto, plantas que gostam de mais sombra. Na intersecção entre seco, úmido, iluminado e sombreado,várias espécies podem conviver em um mesmo espaço. Junte-se a isso o preenchimento das gretas, buracos e interstícios entre as pedras com terra, composto, esterco, húmus, e teremos ambientes ainda mais diversificados, permitindo uma imensa riqueza de espécies. Quanto mais plantas diferentes, maior a diversidade de microrganismos, invertebrados, pequenos animais, insetos, pássaros. E como a idéia é plantar essências aromáticas como calêndula, alfazema, alecrim, lírio, cercadas de flores de todos os tipos, samambaias e avencas, nossa espiral de ervas embelezará o lugar, promovendo grande diversidade e, uma vez que a brisa sopra por aqui vinda principalmente de NO, queremos que os aromas da espiral de ervas penetrem no quarto ao lado, preenchendo a casa com perfumes suaves e harmonizadores.
Beleza, bons aromas, diversidade, conhecimento, riqueza biológica são possibilidades que estamos construindo por aqui.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

080811 - Parece mas não é (clique para ver as imagens)


Parece mas não é. Não é uma folha, como muitas caídas ao solo, cinzas, marrons, já sem vida. Uma mariposa, pousada sobre o concreto pintado com tabatinga rosa. Não parece concreto, mas é. Ou sobre a pedra rosa, trazida ano passado para a base da casa.
Parece morta, não se mexe, patas encolhidas, imóvel. Parece morta, mas não está. Sobre a pedra, à sombra, sem movimento no entorno, sem ameaças, levanta as asas, e se firma sobre as patas, sobre a pedra. Sobre a pedra da base a borboleta, mariposa. Leve, linda. Parece pedra, mas não é. Parece morta, mas não está. Parece parada, mas vive.
Que pensa a mariposa, o sábio chinês? Seria ela a mariposa ou o sábio? Tempos de jogos olímpicos na china. Que ligação terá? Que ligação fazem as mentes que se conectam com pedras, concreto, mariposas, sábios chineses?

080811 - Ipê florindo, plantios e algodão pra passarinho


Quase dois meses sem chuvas. Mas choveu bastante antes da estiagem. E voltou a chover por esses dias. As chuvas tendem a se concentrar no tempo e em quantidade. Efeitos das mudanças climáticas. Mais concentradas as chuvas podem trazer maiores estragos para solos descobertos e sem proteção de vegetação, palha ou curvas de nível.
Se ano passado o Ipê maior, pai-mãe dos vários outros aqui de casa, deu poucas flores e sementes, esse ano está bem mais carregado, lindo, lindo. E suas flores cheirosas como contamos ano passado. E muita coisa mudou. Um ciclo vai-se fechando e outros vão-se abrindo. Muito mudou do ano passado para cá. Apenas um ano e duas casas estão levantadas, as hortas produzindo bem (alface, mandioca, couve, tomate, salsinha, cebolinha, rúcula, vários feijões, ervilha). E recém plantados: feijão branco, vermelho, preto, azuki, de vara, de porco, carioquinha; milho branco, amarelo, pipoca, pamonha; moranga, abóbora, cana caiana, banana, xuxu, maracujá. Uma festa para os olhos, olfato, paladar. Fartura que a terra dá.
Plantamos sementes de algodão que vieram de Três Corações, da Unindatribo. Por agora, quase primavera, passarinho quer fazer ninho e o algodão é pra eles deixarem seu lar mais aconchegante, maciinho, gostoso, quentinho nas madrugadas frias. Passarinho é gente que voa e merece todo carinho, cuidado e atenção. Passarinho é gente que canta lá do alto e queremos eles por perto, livres, felizes, pra que cantem muito por aqui. E com frutos pra alimentarem seus filhotes, pois tem pra todo mundo. Todas as gentes, pequenas, grandes, com penas, pelos, escamas, toda gente bicho, gente árvore, gente microrganismo é bem-vinda em Gaia Terranova.

080729 – Revestimento biocomposto (clique para ver as imagens)


Um dos componentes de nosso trabalho é o resgate de tradições que estão se perdendo com o modo de vida urbano. Recuperação de madeiras, portas, janelas, ferragens e pessoas já abordamos diversas vezes no blog. Agora encontramos pessoas que se preocupam com a perda de processos, conhecimentos e técnicas que funcionaram muito bem durante dezenas, centenas de anos. Técnicas construtivas como o reboco utilizando esterco animal. Para não ferir os sentimentos urbanos mais puros, demos o nome de “revestimento biocomposto”, mais atualizado e menos ofensivo que falar “bosta de vaca”, kkkkkkkkkkk, que é algo que talvez não se compre. Já um processo artesanal de reboco de parede biológico, não agressor ao meio ambiente, ecologicamente correto, sem aditivos químicos, metais pesados ou contaminantes, enfim, um revestimento biocomposto, é muito mais “vendável” e sustentável.
As imagens mostram como os antigos faziam o revestimento de paredes e chão. Segundo contam, casas assim não tem baratas ou pulgas. Dizem que ambos não gostam do cheiro. Odor, aliás, só notamos no primeiro dia, pois logo se dissipa. A qualidade do revestimento é bastante boa: não trinca, não racha e não desgruda com facilidade. Logo após a segunda mão, já pintando com tabatinga branca e rosa, chuvas torrenciais caíram em nossa região. O reboco simplesmente desconsiderou isso e manteve-se firme na parede. Melhor que cimento que, com certeza teria se soltado com o chuvaréu que caiu.
Experimentamos assim diversas possibilidades de revestimento: uma camada, duas camadas, pintura com tabatinga branca, pintura com tabatinga rosa, sem pintura. Pra ver como é que fica. E acho fica bem de qualquer jeito. E ainda tem o acabamento do acabamento (pra variar, rsrs), pintando o rosa sobre o branco ao redor de janelas e vice-versa, e uma massa bem fina, um caldo do esterco, fechando eventuais fissuras e dando um toque mais fino ao revestimento. Visitamos, aliás, casa de Eva, senhora que aparece nas fotos fazendo a textura e vimos o chão de um quartinho de bambu: terra batida revestida com o composto há alguns anos. Durabilidade.
O segredo do revestimento reside apenas na composição, diluição e modo de aplicar. Faremos uma oficina teórico-prática dia desses, pra quem quiser conhecer e experienciar a técnica.

080521 - Acabamento do acabamento


Agora nova fase, os retoques finais. Um novo pedreiro se apresenta e, com o tempo, mostrou-se o melhor que já passou por aqui: qualidade, competência, compromisso, cuidado, limpeza. Está fazendo o acabamento do acabamento: calçadas, faixas de portas e janelas, retoques em besteiras que outros fizeram.

080517 - Finalmente a MUDANÇA


Finalmente!!!
Escolhemos a proximidade da Lua Cheia para a mudança. Empacota, embala, arruma, transporta, tira do caminhão, empilha, leva pro quarto, sala, cozinha, monta armário. Mudar é bom e dá trabalho. E quem não muda tem trabalho também. E muitas vezes não é pouco. Então no fundo são as escolhas que fazemos. Em amplos sentidos, mudar ou não mudar são escolhas que se fazem. E com custos associados, em quaisquer dos casos.
Escolhemos construir, escolhemos material, escolhemos telhado, escolhemos acabamentos, louças, madeiras, ferragens, escolhemos mudar, escolhemos viver nova vida. Escolhemos Lua Cheia, escolhemos o dia 17, Terra no Calendário da Paz – nada mais oportuno.

080419 – Acabamento, pisos e visitas (clique para ver as imagens)


Mão-de-obra responsável, que não enrole o serviço, que faça tudo com capricho e sem desperdícios – eis um desafio e tanto. Mais um, rsrs. Mas a construção está no final e logo nos mudamos. A casa está ficando bem bonita, grande, espaçosa, pé direito alto. Um dos pedreiros disse outro dia que o segredo da construção é a paciência: “parece que não, que nunca termina, mas vai fazendo uma coisa de cada vez e um dia acaba”. É, um dia acaba. Mas quem já construiu sabe bem (já ouvia isso antes e agora aprendi também) que o que parecia terminar em uma semana leva duas, três, um mês, dois. Pequenos detalhes que tomam tempo. Uma ou outra coisa que deve ser refeita. O prazo inicial que se estende, ora porque o pedreiro errou no cálculo do tempo, ora porque nossa ansiedade quer que tudo aconteça mais rápido que o possível. Construção é aprendizado. E dos melhores.

080417 – Sistema de filtragem e reuso de águas cinzas (clique para ver as imagens)


Um outro sistema está sendo instalado, diferente da wetland. A idéia agora é reaproveitar a água cinza, rica em nutrientes como fósforo, para a rega de plantas ornamentais e árvores da parte baixa do terreno. Construímos então um filtro, reaproveitando caixa d’água comprada em ferro velho, com saída que alimenta pequeno depósito (tambor de construção reaproveitado) que armazena a água de um dia para outro. Logo cedo, a água acumulada é utilizada na rega, principalmente agora que o período de estiagem está chegando e as plantas mais precisam. Como a proposta é sistêmica e integrada, durante as chuvas nossa intenção é utilizar apenas águas que chegam ao telhado e, durante a estiagem, reaproveitar as águas cinzas para as plantações. Durante a seca, apenas hortaliças receberão água tratada.
Todo trabalho aqui é monitorado, de modo a fazer ajustes constantes até que os sistemas funcionem adequadamente. Percebemos então que utilizar areia no filtro demanda muito trabalho e limpeza constante, comprometendo em muito a eficiência do sistema. Águas que permanecem muito tempo na superfície geram odores desagradáveis. Intervenções diversas ao longo do tempo nos permitiu chegar a um ótimo no tocante a odores e capacidade de filtração, desenvolvendo um sistema ao mesmo tempo de filtragem com parcela de wetland.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

080410 – Sistema de tratamento biológico de águas negras


Tomando como base normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, fizemos o dimensionamento do sistema de tratamento biológico de águas negras (vasos sanitários apenas). O afluente é bastante reduzido em relação ao proposto pela norma (160 litros/hab/dia para residências de padrão médio). Isso porque separamos as tubulações e águas negras e cinzas e instalamos equipamentos que poupam água, caso dos vasos sanitários com caixa acoplada com consumo de 6 litros (quando apenas urina chega aos vasos, damos descarga controlada, suficiente apenas para diluí-la). No entanto, como os sistemas de tratamento de água fazem parte de monografia de conclusão de curso de especialização latu sensu em meio ambiente e recursos hídricos e a evolução do sistema, análise das águas e possível redimensionamento fazem parte de mestrado no mesmo curso, optamos em fazer o sistema seguindo o dimensionamento proposto pela norma.
São três as câmaras: a primeira para digestão do material sólido que chega; a segunda para biofiltro com função de polimento do efluente; a terceira com sistema ainda indefinido, poderá ser uma bacia de evapotranspiração/wetland, um filtro biológico complementar ou pequena lagoa.

080408 – Coleta e análise microbiológica de solos



Pesquisas diversas fazem parte do trabalho em Gaia Terranova. Aproveitando aula de microbiologia, fizemos coleta de diferentes solos para comparar a vida microbiana entre os mesmos. O solo onde plantamos leguminosas e vimos cuidando mais de perto nos últimos meses apresentou resultados melhores, aparentemente com mais quantidade e diversidade de microrganismos que o pasto degradado atrás de casa e o solo encharcado da wetland.

080330 - Captação água de chuva


Outra ecotecnologia que estamos incorporando. Uma das caixas d’água estava reservada para reuso de águas cinzas tratadas, com destinação exclusiva para vasos sanitários. No entanto, entendemos que o odor da água acumulada não compensaria e resolvemos interligar todas as caixas com o telhado, para captar águas de chuva. Essencialmente água destilada, em contato com poluentes atmosféricos, o risco é de uma chuva ácida ou contaminações diversas. Como estamos atrás da Mantiqueira, poluentes vindos do Vale do Paraíba não chegam até aqui. Poeira, folhas, pólem e outros materiais podem se acumular no telhado e é interessante que as primeiras águas (que limpam o telhado) sejam direcionadas para fora da caixa d’água. Experimentamos aqui utilizar também essa água, colocando tela na calha e deixando que a primeira caixa funcione como depósito de materiais mais densos, não sendo esta diretamente conectada às tubulações, o que ocorre apenas com outras duas caixas, que recebem água da primeira. Dessa forma, toda água de chuva é aproveitada na casa e só não é utilizada para beber. Nossa expectativa é que, com as chuvas, utilizemos apenas água coletada do telhado e não mais água tratada fornecida pela concessionária local.

080327 – Telhado e acabamento


O acabamento é mesmo um grande desafio. Demoramos muito com o telhado por conta da idéia de utilizar telhas ecológicas, o que se mostrou absolutamente inapropriado. Como utilizamos muita madeira de demolição (que, ao recuperá-las, descobrimos serem peroba-rosa, madeira que já não se encontra na região), optamos utilizar eucalipto no lugar da “peroba do norte” (denominação genérica para identificar tudo que é madeira que vem da Amazônia e que pode, até, ter algo de peroba) ou outras madeiras mais nobres, todas da Amazônia.

080326 - Wetland funcionando 7 e biri



A wetland, após algumas intervenções, vai funcionando bem: as águas são totalmente absorvidas, não existem odores desagradáveis, as plantas crescem e florescem. Além de tratar o efluente, recuperar nutrientes, proporcionar microclima mais ameno e úmido, também tem a função paisagística, de embelezar o lugar com variadas flores. Abelhas adoram isso e vem visitar o sistema com freqüência, principalmente as nativas, sem ferrão.

080319 - Vista dos carneiros


Bela vista do bairro onde moramos. As chuvas dos últimos dias alagou a várzea, criando espelho dágua que reflete as casas que podem ser vistas da BR 459.

quinta-feira, 27 de março de 2008

080312 - Final do Programa de Pré-Incubação UNIFEI (clique para ver as imagens)



Ao final do primeiro programa de Pré-Incubação da UNIFEI, as empresas apresentaram seus projetos durante evento na universidade e recebendo premiações diversas.
Gaia Terranova foi aceita pelo Centro Gerador de Empresas de Itajubá e agora faz parte da INCIT/CEGEIT, uma das quatro incubadoras de empresas ISO 9000 do país.
Logo estaremos na sede da incubadora, em escritório próprio e toda infra-estrutura necessária para um grande salto de qualidade.
Agradecemos o apoio ao longo desses meses e caminhada, mencionando em especial a Maurício da INCIT que, desde a primeira conversa em março de 2007, apoiou e incentivou a idéia. E ao prof. Elzo Aranha da UNIFEI, coordenador do programa de pré-incubação, apoiador e mentor da evolução de nosso Plano de Negócios, que evoluiu até o ponto de ser aceito, por unanimidade, pela banca examinadora da INCIT/CEGEIT.

domingo, 2 de março de 2008

080301 - acabamento 3


Portais e janelas estão sendo assentados com espuma expansiva de poliuretano. Serviço, rápido, simples, eficiente, limpo.
A casa vai-se vestindo, preparando-se para receber os novos hóspedes.

080229 - madeiramento antes e depois


Vitor trabalhará conosco esse mês. É ele quem tem feito os serviços de recuperação de janelas e vitrôs. Agora está trabalhando na recuperação de algumas peças de peroba rosa que ficarão aparentes no telhado da frente, que não tem laje.
Usaremos placas de OSB no forro, sobre peças de eucalipto rosa aqui da região.
As madeiras recuperadas ganham nova vida. Seus veios aparecem para contar as histórias do crescimento e desenvolvimento da árvore que lhe deu origem. Árvore centenária quem sabe. Muito provavelmente aqui mesmo da região, já que as peças devem ter lá seus 50 anos de idade. Remontamos assim, quem sabe, uma história de 150 anos atrás, quando toda região era coberta de matas e o povoado de Itajubá se tornava vila, com o nome de Boa Vista de Itajubá, em 1848. Essas madeiras viram então a chegada da Escola Federal de Engenharia - EFEI, hoje Universidade Federal de Itajubá, no início do século 20. Viram a chegada das indústrias, algumas de ponta.
E verão as casas ecológicas e habitats sustentáveis se tornarem referência em moradia num futuro bem próximo!

290208 – Renewing wood works– before and after

Vitor is working with us the whole month as he is in charge of renewing decayed windows and timbers. He is now polishing pieces of noble wood which will be used in the front roof and will be visible. OSB wood panels will be used to cover the roof tiles. The renewed wood gains new life. The wood grains seem to tell stories of the growing and development phases of their mother trees, possibly one-hundred-year old trees, who knows. They are likely to be from this region, as they look 50 years old or more. Therefore, they retell stories from 150 years ago, when the entire region was woodland and the village of Itajubá was called Boa Vista de Itajubá, back in 1848. These trees witnessed many happenings: the implementation of the Engineering School for Higher Education – nowadays Federal University of Itajubá, in the early 20th century; the arrival of industries, some of them state-of-the-art. And in a near future they will also witness ecological houses and sustainable habitats becoming reference for a sustainable way of living!

080220 - limpeza do terreno


Enquanto a novela do telhado vai-se desenrolando, chegou a nós Seu Zé Carlos, sitiante que mora próximo daqui. Gosta de trabalhar com a terra, produz frutas, verduras e legumes em sua pequena propriedade e veio para nos ajudar a arrumar a horta e frutíferas. Gente do campo, que observa e aprende com a natureza. Bem-vindo, Seu Zé.

080220 - Working the land
While the roof soap opera develops, a local countryman came to us offering his skills at working the land. Being used to working on his own land, growing fruit and vegetables he came with a view to take care of our kitchen garden and orchard. Born in the country, Seu Zé has learned how to observe nature and has taken good lessons from it. You are more than welcome, Seu Zé.

080219 - telhado 1


O telhado da casa tem sido um capítulo a parte em todo esse processo. Há meses vimos trabalhando em cima disso. Primeiro com a possibilidade de colocarmos telhas ecológicas na casa, para o que contatamos a fábrica, recebemos visita do responsável pela região, iniciamos conversações que nada avançaram. No meio do caminho refizemos os cálculos de madeiramento para receber as telhas ecológicas, houve atrasos, a planta apresentada tinha erros grosseiros.... Uma novela.
E as chuvas, ah, as chuvas....... kkkkkkkkkkkkkkk........ só rindo!!!!
Finalmente conseguimos o melhor telhadista da região e fizemos o telhado dois, sobre a laje na parte de trás, usando telhas portuguesas e madeiramento de demolição. Essas madeiras, de primeiríssima qualidade, são todas peroba rosa, já extintas aqui na região. Hoje o que se tem é "peroba do norte", vinda da amazônia. Destruimos tudo aqui e agora reproduzimos o mesmo erro por lá. Dentro de alguns anos poderemos orgulhosos legar um imenso deserto a nossos descendentes.

080219 Roof 1
The roof has been a difficult chapter in the construction process. As we intended to use ecological tiles, we pondered about it for months before getting in touch with the company, receiving a rep and trying to close a deal. In order to use ecological tiles, we needed to recalculate the quantity of timber – regular tiles are heavier - what delayed the roof work in some weeks. While checking this new calculation, we came across a series of elementary mistakes. With such specifications the roof would not work, and our business with the company ended in nothing. We finally gave it up. A real soap opera.
And the rain... oh, the rain... we cannot help but laughing about it.
After a few weeks we were introduced to the best roof maker in the city, and could concluded the roof 2 – at the back of the house - obviously using conventional tiles and timber from tore down houses. By the way, timber with very high quality, from trees extinct in this area. We have used up our trees, destroyed the ecosystem in the region and, what is worst, we keep on committing the same mistakes in the Amazon Forest. We surely have not learnt from past mistakes. In a few years, we can proudly offer the future generations an immense desert.

080219 - acabamento 1


Entramos na fase de acabamento. Acho que a gente "se acaba" um pouco no processo. São detalhes e mais detalhes, um monte de coisas ao mesmo tempo: telhado, piso, baldrame, azulejos, impermeabilização. E chuva, muita chuva ao longo de todo processo. E gerenciamento de pessoas, talvez o mais complicado de tudo. Melhor mesmo trabalhar com grupos já organizados: contrate uma pessoa que conheça os diferentes grupos ou que tenha sua própria equipe de trabalho, porque gerenciar diretamente uma obra dá trabalho, rsrs.
No entanto, o aprendizado tem sido imenso durante esses meses todos.

080219 – The finishing phase
We have just started the finishing phase. And sometimes I have the impression the process is also “finishing me off”, so many are the details and so many are the things happening at the same time: the roof, the floor, the tiles, the walls. And the rain, the intermittent rain all day long. And on top of everything, to manage people is really tiresome. It is easier to work with organized teams. A piece of advice: hire someone who knows all the different teams involved in a construction, or someone who has their own teams, as to manage people is certainly hard work. However, my learning has been intense throughout these months.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Transformando modelos mentais - Ângela

Uma leitora nos mandou o seguinte comentário em "080210 - nuvens, canteiro e colheita de soja (cliq..." e que gostaria de compartilhar, pois é nosso pensamento também:

A partir das últimas décadas estamos sendo obrigados a enxergar que a realidade não é mais algo que podemos submeter às nossas demandas egoístas e contraditóriamente suicidas.

Tornou-se uma exigência a transformação de nossos modelos mentais, de nossas crenças e dos pressupostos que estão na origem da maneira como construímos o mundo.

O conceito de sustentabilidade nos fez ver que não vivemos, convivemos. Não existimos, coexistimos.

Precisamos harmonizar certos conceitos que foram vistos em algum momento como excludentes:

A autonomia pessoal com a interdependência.

A liberdade pessoal com a solidariedade

As necessidades materiais pessoais com as sociais.

E a identidade cultural com a identidade planetária.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

080210 - nuvens, canteiro e colheita de soja (clique para ver as imagens)


Ontem fim de tarde fotografamos alguns nuvens, dando a impressão de um grande selo no céu, ou um emblema.
Hoje fomos ao terreno para ver as flores dos canteiros e colher um pouco da soja semeada meses atrás.

080210 – Clouds, kitchen garden and soya beans
Yesterday at the sunset, we took shots of beautifully displayed clouds, shaped as a large stamp like an emblem. Today we went to see the flowers and pick up some soya beans planted out months ago.

080210 - hidráulica 2 (clique para ver as imagens)


Ontem foram colocadas as caixas dágua. São três: 1000 litros, 500 litros e 320 litros. A de 1000 litros é para água da rua, tratada. A de 500 litros para água da chuva e a de 320 litros para água cinza filtrada, a ser usada exclusivamente nos vasos sanitários. Estudamos ainda conectar a caixa de 500 litros a caixa menor, utilizando parte da água de chuva e outra parte para a caixa maior, que abastecerá toda casa com água limpa.
Água de chuva pode ser utilizada para os afazeres normais de uma residência, não sendo aconselhável usá-la para beber devido a baixa quantidade de sais minerais que contém (é basicamente água destilada). Isso em nossa região, que não tem altas concentrações de poluentes atmosféricos, o que poderia interferir negativamente na qualidade das águas de chuva.

080210 0 Hydraulic system 2 (click to see more images)
The three cisterns were installed yesterday, being: 1000 liters, 500 liters and 320 liters. The 1000l is for the running water supplied by the state water company. The 500l to be used as a tank to collect rain water, and the smallest one for the grey water which will be filtered and used exclusively in the toilets. We are also considering connecting the 500l cistern to the smallest one, so that we can utilize part of the rain water in the house. Although rain water can be utilized for the general household tasks, it is not suitable for drinking due to the low quantity of dissolved minerals (being similar to distilled water). It is important to mention that this applies to our region, where pollution is not high. Where levels of pollution are high, the rain water quality is usually very poor.

080210 - tijolo ecológico e assentamento tradicional (clique para ver as imagens)



Hoje recebemos visita de Luis Henrique e família para conhecerem os tijolos ecológicos. Disseram que uma casa em Itajubá foi iniciada com tijolos semelhantes, menores, arredondados, e que a obra estava parada. Curiosos, fomos conferir.
A obra tem mesmo vários alguns milheiros de tijolos do tipo arredondado, também de encaixe e apenas o muro do terreno foi levantado. Muito tijolo perdendo-se no tempo.
Mas nosso interesse era outro: saber como haviam sido assentados. Como não achamos pessoal especializado nesse tipo de construção por aqui, acreditávamos que os tijolos tinham sido assentados da maneira tradicional. E foi exatamente isso que encontramos.
Ao observar as imagens, vê-se o desalinhamento dos tijolos, assentados com massa de areia e cimento em alguns lugares (não aparece nas imagens) e barro em outras. Como os furos impedem uma aderência maior, ferragens em excesso foram colocadas nas colunas (também não aparece nas fotos). O assentamento eliminou algumas das características mais marcantes da construção com esses tijolos: rapidez, alinhamento, nivelamento, qualidade final.
Tarde bastante instrutiva essa: algo parecido com um bom datilógrafo que se perde no computador - embora com ambos se possa escrever, existe uma imensa distância entre a máquina de datilografar e um PC.
Por melhor que seja o pedreiro tradicional, acostumado a trabalhar com tijolos comuns, o tijolo ecológico requer um novo processo construtivo, o que exige que o pedreiro domine técnicas e conhecimentos diferentes.

080210 - Ecological bricks – conventional assembly (click to see the images)
Today Luis Henrique and his family visited the site to have a better understanding of the ecological bricks we are using. They told us about a house which was being built with similar bricks, but for some reason, the construction had been abandoned. Being naturally curious, we decided to check it out. Not to our surprise, hundreds of bricks laid down lost in the site.
Needless to say, we were interested in how the bricks had been laid. As we could not find specialized people in this area to build our house, we were suspicious the bricks had been laid as conventional ones. And that was exactly what we saw.
Observing the images, one can see with naked eyes, how the bricks are out of alignment, how sand and cement, and in some parts soil, had been used to lay them together. In order to get stability, an excess of iron bars were used to build the columns. The choice for the conventional process killed some of the most characteristic features of this type of construction: speed, alignment, leveling, final quality.
The more experienced the bricklayer might be, this new process of construction demands different approaches, techniques and points of view. It would be like expecting a typist, who has used typewriters all their lives, to be as efficient, using a computer.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

080206 - janelas recuperadas (clique para ver as imagens)


Vitor abre as janelas de seu mundo, transforma velharias carcomidas pelo tempo em obras de arte. Modula e modifica sua vida enquanto trabalha: tira as manchas do tempo, os podres da madeira, as ferrugens das dobras... lixa, pole, arruma, pinta, embeleza. O tempo revigora, a vida se transforma, o cinza cede lugar a novas cores. As velhas estruturas se renovam e o passado cede lugar ao presente, ante-sala do futuro.

080206 – Windows renewed (click to see more images)
Vitor opens up his windows to the world, transforming unwanted rundown second-hand goods into masterpieces. While working, he molds and modifies his own life: removing time scars, rotten pieces, rusty hinges… cleaning, polishing, fixing, painting, making decayed goods alive again. Time is renewed, life is transformed, and the pale grey color is replaced by bright new ones. The old structure is renewed while past becomes present. An entrance hall to the future.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

WORLD VISITORS

WE APRECIATE YOUR INTEREST IN GAIA TERRANOVA GREEN HOUSES AND SUSTAINABLE HABITATS!!!
PLEASE VISIT THE BLOG AGAIN AS ITS TRANSLATION IS IN PROGRESS.
TOGETHER WE CAN CHANGE THE WORLD.

080203 - wetland funcionando 6 (clique para ver as imagens)


Flores novas na horta. Alfaces crescendo a olhos vistos, rs.
Essa noite novamente choveu bastante, após 3 ou 4 dias de estiagem. A PDC-Itajubá (Plataforma de Coleta de Dados) não marca a quantidade de chuvas, mas foi bastante, chuvas vindas do leste desta vez, quando o normal é virem de sul-sudeste.
Fim de tarde visitamos o terreno e a wetland. As intervenções de ontem funcionaram lindamente: nenhum odor e o solo a mais absorveu bem o excesso de água que caiu nas últimas horas. Chegando mais perto, um leve, muito leve odor é percebido e já havia notado que vinha do filtro de britas, acima da wetland. Como a idéia é fazer uma intervenção de cada vez para observar os resultados, passo-a-passo, havia já pensado em colocar solo também no filtro, o que fiz somente hoje.
Cobri então a brita com um saco de plástico trançado (esses de farinha de trigo, que pode ser comprado em qualquer padaria por uns R$ 0,50) e sobre ele o solo. O saco evita que a terra se misture à brita. Abri então as torneiras para ver como a água se comportaria e tudo correu bem: esse solo será agora um elemento a mais na pré-filtragem da água que chega ao sistema.
As imagens mostram essa evolução.

080203 - Wetland working 6 (click to see more images)
New flowers in the kitchen garden. Lettuce grows quickly. After a few days of dry weather, the rain was torrential last night. Although there is no official information about rain precipitation in this area, it poured down with heavy rain all night long. And this time the rain came from the east coast, whereas it usually comes from the south-southeast coast.
Late afternoon we visited the construction site paying special attention to the wetland. The intervention the day before seems to have worked well as the wetland is not giving off any odor and the extra amount of soil seems to have absorbed the excess of rain. A closer approach and we notice a faint odor coming from the bed of stones, above the wetland. As the idea is to make small interventions so that we can follow the results step by step, we decided to cover the bed first with a plastic sheet and then with sieved soil. The plastic sheet is to avoid the soil to mix with the stones, while the soil will play a decisive role in the pre-filtering process of the water coming to the system. The images show the process evolution.

080202 - ponte de nuvens (clique para ver as imagens)


Da varanda de casa em Itajubá temos visto pores-do-sol lindíssimos. Entre as nuvens (elas novamente) abre-se um "portal" e um caminho se forma e transforma enquanto mudam as cores e formas.
Múltiplos aprendizados.

080202 - Bridge of clouds (click to see more images)
From the balcony in our house in Itajuba we have watched stunning sunsets. Against the clouds (here they are again!) a “gate” is shaped revealing a way in constant change while colors and shapes follow.

080202 - nova vista da casa 2 (clique para ver as imagens)


Por conta das chuvas tive que colocar lonas para evitar acúmulo muito grande de água na laje.
Em visita aos vizinhos fizemos algumas imagens da casa, vendo-a a partir do SE. A casa menor está atrás desta. Aqui vêem-se os quartos ao fundo e escritório na frente.

080202 – The house from a different angle (click to see more images)
Due to the heavy downpours we covered the roof with plastic bags in order to avoid too much water sitting in the bedrooms flagstone. While visiting the neighbors we took the chance to take pictures of our house, this time from a different angle, the southeast. We can see the bedrooms at the back and the office room at the front.

080202 - wetland funcionando 5 (clique para ver as imagens)


Novamente visito a wetland e percebo cheiro desagradável. A água na superfície. Hora de intervir. Então resolvo colocar um pouco mais de terra peneirada do entulho. Retiro uma gramínea que se alastrava rapidamente pelo sistema e encho os vazios. Em alguns cantos do sistema faço pequenos buracos e percebo que a água que surge vem bem limpa. Entendo que é preciso manter a água abaixo da superfície para que filtre melhor e não exale odor desagradável. Daí dois caminhos: colocar mais terra ou fazer um dreno. A opção no momento foi colocar mais terra e observar.

080202 – Wetland working 5 (click to see more images)
Once again we could smell an unpleasant odor coming from the wetland. There is water on the tank surface. Time to intervene. We decide to fill the tank with more sieved soil and remove some grass, filling up the open spaces. In some corners we do some holes and observe that the water coming to the top appears to be clean. We understand how important it is to keep the water under the surface to a better filtering and to avoid unpleasant smell. Thus we are faced with two possibilities: to fill the tank with more sieved soil or to do a drain. We decided for the soil to see how it works.

080201 - hidráulica


O pessoal que continua conosco não trabalha hidráulica de água quente, então resolvi eu mesmo fazer as conexões. Usaremos um aquecedor desenvolvido por empresa incubada por aqui, pessoal que trabalhou na Sociedade do Sol, ONG incubada na USP e que, por meio de Agostin desenvolveu o ASBC - Aquecedor Solar de Baixo Custo. Esta nova versão, comercial e totalmente modificada, foi desenvolvida por Humberto e recebeu recentemente um bom aporte de capital a fundo não-reembolsável para produção em série.
Para instalarmos esse novo aquecedor, as tubulações queremos estejam já prontas e para isso foi necessário faze-las juntas, água quente e fria. Os tijolos e seus furos, a espessura de suas paredes, as distâncias entre furos, os tipos de tubulação (utilizamos tubos da marca Tigre, tanto água quente - Aquaterm, quanto água fria), os engates e conexões, tudo isso requer algumas condutas muito diversas do sistema tradicional. Assim, fui fazendo e aprendendo, refletindo, cortando parede com makita, organizando as idéias antes de operacionalizar o sistema.
No fim, o encanamento dos chuveiros transformou-se em uma escultura. Duas, aliás. Trabalho muito prazeroso e cuidadoso, uma vez que os últimos dias tem sinalizado bastante água (chuvas, wetland transbordando, encanamentos). Como sempre faço, estabeleço várias conexões entre o fora e dentro, entre tubulações, conexões, água, sentimentos, emoções, cuidados, evolução, construção. O aprendizado é sempre multidimensional.

080201 – The hydraulic system
As the construction workers building our house do not implement the hydraulic system, I decided to take this challenge myself. We are going to use a new solar heating system developed by a company being incubated here in the city run by a young entrepreneur member of a non-governmental organization responsible for the development of a low cost solar heating system. His new version of the heating system is fully modified and aimed at the low and middle class.
In order to install this new heating system, we needed to have the plumbing system prepared; therefore it was crucial to assemble the cold and hot plumbing system at the same time. The specificities of the solo-cement bricks, the wall thickness, the bricks distance, the types of pipes and so on, demanded a completely different approach from the traditional construction process. This way, as I was designing the system, cutting the bricks, preparing the pipes connections, I was at the same time reflecting, learning and organizing my thoughts and ideas.
At the end of the day, the shower plumbing system turned itself into a sculpture. Or better yet, into two of them. A very rewarding, pleasant and careful work, as the last few days have dripped down with a lot of water (rain, floating wetland, plumbing system). As usual, I try to establish connections from the inside to the outside, between pipes, connections, water, feelings, emotions, evolution, construction. This way the learning is always multidimensional.

080131 - horta e wetland funcionando 4 (clique para ver as imagens)


A horta está indo muito bem, assim como o pequeno SAF. Alface e flores compartilham o mesmo espaço com tomates, mamões, feijões.
Ficou pronto o banner Gaia Terranova, que aparece na imagem acima, mas que mudaremos de local, pois onde está é pouco visível da rua.
A wetland tem sido um lugar de muitos aprendizados. Outro dia senti que cheirava um pouco ruim e horas depois o cheiro já não estava presente. A diferença entre um e outro era que a água estava abaixo da superfície do sistema.
Hoje novamente o odor característico estava presente e novamente a água estava aflorando, formando pequenos lagos no sistema. As plantas parecem amar o espaço, visto que crescem rapidamente com a disponibilidade de nutrientes.
Planejo intervenções para eliminar o cheiro, mas antes quero acompanhar um pouco mais a relação nível da água e odor.

080131 – Kitchen garden and wetland 4 (click to see more images)
The kitchen garden is growing strong, as well as the tiny Agroforest System (AFS). Flowers and lettuce share the same bed as tomatoes, beans, papayas.
The banner advertising Gaia Terranova is ready (see image above). We plan to change its place though as it is hardly seen from the street.
The wetland has offered me substantial learning. The other day I felt bad smell coming from it, but hours later the smell had disappeared. I concluded that the odor is present when there is water on the surface of the tank.
Today, the wetland was giving off a distinctive odor and the water was on the surface of the tank creating small puddles. The plants seem to be in their natural habitat, as they grow quick and strong due to the availability of nutrients. I plan a few interventions to get rid of the smell, but first, I need a better understanding of the relation water level-odor.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

080130 - nascimento de nuvens

Hoje protocolamos o Plano de Negócios de Gaia Terranova no Centro Gerador de Empresas de Itajubá - CEGEIT.
Hoje, fim de tarde, choveu nas montanhas ao norte, enquanto o céu permanecia limpo a oeste, duplo arco-íris a leste.
Olhando as montanhas vi nuvens se formando.
Ar carregado de umidade entrou em um pequeno vale. O obstáculo o fez subir. Ao subir foi-se condensando, virando nuvem.
Presenciei o nascimento de nuvens.
Subindo mais se dissiparam. Viraram ar. Metamorfose pura. Umidade/vento-nuvem-umidade/ar. Evolução.
Hoje aprendi muito. Hoje vi Deus se manifestando na Vida. Hoje vi Deus por meus olhos. Hoje fui Deus vendo a criação. Hoje fui nuvem nascendo. Hoje fui nuvem morrendo. Hoje fui evolução, tudo em um só corpo. Hoje meus olhos presenciaram a multiplicidade. Hoje foi muitos e muitos hojes num só.

080130 – Birth of clouds
Today we have officially applied for a vacancy with the CEGEIT – a center for the development of businesses in Itajubá.
Late afternoon the rain fell heavily on the mountains in the north, while the sky was crystal clear in the west, and a double rainbow lit the sky in the east.
Observing the mountains I saw clouds taking shape. The air, heavy with humidity, was conducted to a small valley. The obstacle forced it up. Going up it started condensing, turning into clouds. I witnessed the birth of clouds. Going further up, the clouds vanished, turning back into air. Pure metamorphoses. Humidity/wind-cloud-humidity/air. Evolution.
Today I gained unforgettable learning. Today I saw God manifesting into Life. Today I saw God through my eyes. Today I was God watching the creation. Today I was cloud being born. Today I was cloud dying. Today I was evolution, all in just one body. Today my eyes witnessed multiplicity. Today I was many and many todays in one.

080130 - wetland funcionando 4 - chuvas


Ao fazer as mudanças do dia 20/01, notamos que o odor desapareceu. Bastou colocar um pouco mais de terra no lugar da surgência e pronto.
Já no começo da noite do dia 21/01, aqui na região de Itajubá, em apenas 3 horas choveu perto de 35mm, equivalente a 35 litros de água por metro quadrado. Com pouco mais de 6m2, o sistema recebeu em poucas horas perto de 210 litros de água de chuva, "afogando" todo sistema e superando em 36% sua capacidade diária.
No dia 25/01, novo pico de chuva no começo da noite despejou outros 25mm de água no sistema, equivalente a 150 litros.
Da manhã do dia 28/01 a manhã de 30/01 (48 horas), mais 85mm de chuva precipitaram na região (vejam a Plataforma de Coleta de Dados instalada no Campus da Unifei em http://satelite.cptec.inpe.br/PCD/metadados.jsp?uf=12&id=32512&tipo=MET&idVariavel=5&ano=2008&mes=01&dia=29&dir=on), equivalendo a mais 510 litros no sistema da wetland.
Lembramos que na casa o uso continua normal, então esses valores são de chegada excedente ao sistema.
Como resultado desse encharcamento excessivo, o sistema tem apresentado odor desagradável, uma vez que não consegue dar conta da demanda projetada, apresentando condições anaeróbias por um tempo muito elevado (as chuvas não param a dias, diminuindo a evapotranspiração e mantendo todo sistema sob lâmina dágua, provocando condições anaeróbias).
Bem.... rsrsrs
Essas são informações inferidas a partir das observações que tenho feito. Como as águas não estão ainda sendo analisadas (esse e outros sistemas serão analisados durante o mestrado que inicia agora em março), não temos como garantir que é esse o processo gerador do odor desagradável (percebido no entanto apenas a menos de 3 a 4 metros).

080130 - wetland working 4 - rain
After the intervention on 20/01, the odor seemed to have disappeared. All that was done was to cover the puddles with sieved soil. Next day, late in the afternoon, the rain was torrential. Something around 35 mm of rain fell in only 3 hours, that is, 35 liters per square meter. Being 6m2 wide, the wetland received around 210 liters of rain, “flooding” the whole system and exceeding its daily capacity by 36%. On 25/01, a new peak of rain after sunset, more 25mm fell on the system, that is 150 liters. From 28 to 30/01, around 85mm of rain poured down in the area – more 510 liters. (see data collection carried out by Unifei in http://satelite.cptec.inpe.br/PCD/metadados.jsp?uf=12&id=32512&tipo=MET&idVariavel=5&ano=2008&mes=01&dia=29&dir=on
Considering that the regular use in the house is maintained, the values above are regarded as excess to the system. As a result, an unpleasant odor emanates once again as the system cannot cope with the extra amount of water received day after day in the form of rain. The intermittent steady rain does not enable the natural evapotranspiration, and, at the same time, favors an anaerobic condition.
Well, this is what I personally believe, through my own observation. As water analyses will only be carried out during my master course, beginning next month, we cannot assure this excess of water is responsible for the bad smell, which can be noticed only 3 to 4 meters away, by the way.

080124 - visita Ananda e Guilherme (clique para ver as imagens)


Hoje Ananda e Guilherme vieram de visita e trabalho. Ananda é Engenheira Agrônoma e está estudando o "paisagismo comestível" ou "jardim sensorial" que pretendemos implantar em Gaia Terranova, tudo em sintonia com horta orgânica e SAF. Na verdade buscamos é tudo junto ao mesmo tempo mesmo, embora formando "ecossistemas" diversos. Então, no terreno em frente a casa maior vai uma pequena wetland e jardins com flores entre as frutíferas. Ao lado da casa outra wetland e sistema de biotratamento de águas negras e jardim de ervas, talvez integrados.
Ananda conheci a pouco tempo, durante a semana de ecologia em Pedralva. Guilherme apresentou. Esposa dele. Juntos tem o filhinho Ravi. Guilherme conheço a anos, desde os encontros na Palas Athena, nos cursos, no Espaço Jacutinga (Calendário da Paz). Guilherme é permacultor, bioconstrutor, comunicólogo acho, envolvido com a Gaia Education, Ecovilas e Educação Ambiental.
As imagens dessa pasta foram todas tiradas por Ananda e é interessante observar diferenças de olhares, ângulos, escalas, rs.

080124 – Ananda and Guilherme come to visit Gaia (click to see more images)
Today, Ananda and Guilherme came to visit us and exchange ideas about landscape gardening. Ananda is an Agronomist Engineer and is planning to implement an “edible" or "sensorial garden" in Gaia Terranova, taking into consideration the organic kitchen garden and the AFS already implemented. Actually, the aim is to have different sorts of gardens all together enabling the development of diverse "ecosystems". This way, in the area in front of the big house, we plan a small wetland and flower gardens among the fruit trees. Besides the house, another wetland and the biotreatment system for the black waters, possibly all integrated with an herbal garden.
I met Ananda, Guilherme’s wife, a few weeks ago at a conference on Ecology in Pedralva. Guilherme, I’ve known for many years, when we used to go to Pallas Athenas, attended courses together and studied the Peace Calendar. Guilherme is a permaculturist, bio-constructor involved with the Gaia Education Institute, Ecovillages and Environmental Education.
The photos here were all taken by Ananda, and it is interesting to observe the different perspectives, points of view, angles.

domingo, 20 de janeiro de 2008

080120 - wetland funcionando 3 (clique para ver as imagens)


O "lago" que fiz não funcionou. Ao utilizar o chuveiro, grande quantidade de água chegou ao sistema e no local do lago a altura de substrato ficou pequena. Formaram-se "surgências", como olhos d'água no fundo. Com pouco solo para filtragem houve algum odor. Por isso mudei o "lago", fechando a surgência. Apenas brincadeiras pra ir sintonizando e aprendendo com as respostas dadas pelo sistema.
Fim de tarde Paulo e família (Itajubá) visitaram o terreno e a casa. Bem-vindos todos que chegarem.

080118 - horta, soja, azuki (clique para ver as imagens)


Em meio ao "mato" de nosso pequeno SAF, cresce soja junto com mandioca, feijão, milho e já colhemos azuki. A soja gostou bastante da horta e, embora os pés estejam pequenos, estão bem carregados.
O feijão de corda que cresceu bastante já começa a liberar as folhas que foram ficando mais dentro do sistema, uma vez que tomaram conta dos suportes de bambu que colocamos para sustentar seu crescimento. Como resultado, o solo vai ficando mais e mais enriquecido e vai-se abrindo espaço sombreado por dentro da estrutura que formou sobre os bambus. Formigas pretas protegem as vagens que começam a surgir, evitando que lagartas e outros insetos ataquem. Em um sistema cooperativo, o feijoeiro parece liberar nutrientes para as formigas, que tendem a se concentrar próximo as vagens.

080118 - wetland funcionando 2


Estamos fazendo alguns experimentos. Por exemplo: a água acumula em um dos lados da wetland, deixado com menos solo e portanto num nível mais baixo - era pra acumular mesmo. Não dá cheiro.
Podendo movimentar o solo, fiz um "lago" no lado oposto e logo a água percolou e encheu o "lago", o que nos dá possibilidades de brincar com o sistema, modificando sua aparência.
O pessoal da obra, hospedado na Unidade Piloto diz que tudo funciona bem. Inclusive com visita de pássaros para ciscar restos de alimentos que descem pela tubulação e ficam "armazenados" nas corredeiras e filtro. Alguns chegam mesmo a banhar-se nas pequenas poças que se formam quando o uso de água na casa é mais intenso.
Excelente notícia, pois a vinda de pássaros traz muitos benefícios para o conjunto: beleza, música, harmonia e sementes de outros lugares.

080118 - caixa dágua 3


Por esses dias recebemos a visita de um tio muito querido, Aparecido, hoje morando em Floripa.
Durante sua estadia a parte da alvenaria terminou. O que tinha de tijolo para ser assentado foi feito. E como o pé direito na sala ficará bem alto, estamos pensando em otimizar o projeto adicionando um mezzanino, com possibilidade de futura ligação com segundo andar de quartos e terraço sobre o escritório. A parte da laje pode abrigar com folga outros três quartos, suíte e banheiro, cuja ligação seria pelo mezzanino ou ainda por uma escada por fora. Possibilidades "ocultas" que a planta bidimensional escondia e que a estrutura tridimensional mostra. Visões de mundo que se ampliam com a manifestação da teoria prática. Outro grande aprendizado. A realidade é múltipla e o que percebemos em uma dimensão pode ser muito diferente em outra. Ou a ampliação da percepção, por adentrarmos em dimensões diferentes, pode-se multiplipar exponencialmente.
Estou terminando de ler A Dança da Terra, de Elisabet Sahtouris. Segue na mesma linha de Microcosmos de Lynn Margulis e Dorion Sagan e ainda A Árvore do Conhecimento de Maturana e Varella, livros simplesmente indispensáveis, assim como Capitalismo Natural de Hawken e Lovins e Biomimética de Janine Benyus.
Em comum mostram uma nova visão de vida, evolução e produção de riquezas. Resumindo: cooperação, ciclagem, diversidade, coevolução, sinergia, mudanças de paradigmas, aprendizado com a natureza, respeito, ética.
É tudo que estamos realizando em Gaia Terranova.