Lidar com a terra é mesmo uma delícia!!!
Ontem preparei uma composteira. Levino está virando a terra pra dar conta de um trecho de brachiária. O sol seca as raízes e depois destorroa pra ter o solo pronto pra horta.
Parte desse trabalho é otimizar o capim do local já cortado e seco e com ele fazer um belo composto. Coisa super simples: uma camada de capim, uma de esterco, uma de capim, uma de esterco. A cada camada de esterco molha-se bem e no final cobre com capim pra evitar evaporar muito rápido.
O esterco traz consigo uma infinidade de microrganismos e a palha fornece o carbono. Esterco e palha umedecidos viram uma casa e banquete para os microrganismos que se multiplicam decompondo a palha e enriquecendo o material com substâncias diversas que são utilizadas no processo de alimentação e crescimento.
A temperatura depois de dois ou três dias já estará alta, devido ao processo de fermentação que inicia no composto. O cuidado é para que não aqueça demais, então um ferro qualquer enfiado no monte, nos informa de quando em quando da temperatura no interior. Se muito alta ou após alguns dias, reviramos todo composto. Isso aera, mistura, baixa a temperatura. Com oxigênio organismos aeróbios proliferam e tendem a atacar eventuais microrganismos com potencial patogênico. Uma festa!!!
Como produto final, humus, terra preta, cheirosa, linda, cheia de vida e nutrientes prontos para as plantas. No lugar de queimar e destruir, aprender com a floresta e reproduzir o conhecimento fazendo compostos, enriquecendo a vida, ampliando as possibilidades de todos: animais, plantas, microrganismos, humanos.
Hoje conversei com o engenheiro Ademir ,que preparou a planta a partir de esboço que apresentei, baseado este no trabalho da Fabiane. A casa terá alguns pilares em concreto que me permitirão brincar com paredes não-estruturais e poderemos então levanta-las com adobe, pau-a-pique, cob, taipa, o que for. O telhado será de concreto, pois quero fazer um jardim sobre ele. E talvez levantar um segundo andar na parte sul da casa.
Saindo da prosa com o engenheiro passei em uma pequena oficina onde vira alguns janelões. Oportunidade imperdível, três janelões antigos, envidrados, madeira de primeira, sendo vendido por uma ninharia. Uma oficina quase sem movimento e que agora terá trabalho por algumas semanas para lixar, arrumar, limpar, deixar lindos os janelões. O que era "lixo" virou trabalho e renda, reaproveitamento de materiais e alegria, pois são mesmo muito lindos esses janelões.
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Um comentário:
Imagine seus janelões qdo vida tiverem...
"Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crinças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refeletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz." . Bjo.
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