Em seu caminho aparente o Sol percorre o horizonte em um ângulo que ora se estreita, ora se expande. No primeiro temos o inverno, no segundo o verão. Isso porque a Terra tem seu eixo inclinado em relação ao plano da órbita. Essa inclinação é que define as linhas imaginárias dos Trópicos de Câncer (hemisfério norte) e Capricórnio (hemisfério sul).
Nesse caminho aparente que o Sol realiza no horizonte, ele conhece os extremos de nosso planeta. De outro ponto de vista, nosso planeta sente os extremos impostos pela incidência maior (solstício de verão) ou menor (solstício de inverno) dos raios solares sobre a superfície.
Os extremos são necessários e indicam a possibilidade do equilíbrio, o Caminho do Meio dos budistas. O meio do caminho é representado pelos equinócios da primavera e outono, época em que o sol atravessa o Equador, linha imaginária que determina o meio do caminho entre os extremos.
Em nós, dentro-fora, razão-emoção, matéria-espírito, ciência-religião, certo-errado marcam os extremos. O meio do caminho é o equilíbrio entre dois lados de uma mesma moeda, entre duas faces de uma mesma realidade.
Insistir em um ou outro extremo desequilibra o sistema, o organismo, a família, a pessoa, a vida.
O caminho da Ciência partiu do cosmos, com as observações e descobertas de Copérnico, Galileu, Newton, definindo o caminho da matéria para a compreensão de nós mesmos e do lugar que ocupamos no espaço-tempo. Todos olharam para o céu, para fora de si mesmos, para a Natureza, imaginando que tudo é resultado de interações mecânicas, fruto de leis definitivas, reproduzíveis, determinadas. A evolução dessa Ciência nos trouxe uma compreensão amplificada das partes em detrimento do todo. Na atualidade, a compreensão das partes tem-nos levado a compreender que fazemos parte de uma intrincada rede de relações que não pode ser explicada ou compreendida isoladamente, obrigando-nos a ampliar a visão que temos de nós mesmos, da natureza e o universo. No extremo, estamos aprendendo que a separação é ilusória. Que não estamos sozinhos ou desconectados da totalidade.
O caminho da Espiritualidade, da Tradição, da ancestralidade, muito mais antigo, com origens nos primórdios da humanidade, volta-se para dentro em busca de respostas. E nessa busca observa a si mesmo, sua natureza, e se percebe parte integrante, indissociada da totalidade. Vê-se composto de água, fogo, terra e ar e percebe os mesmos elementos representados em pássaros, riachos, pedras, terra, plantas. Reconhece sua profunda identidade com tudo que existe. Reconhece-se como fruto dessa intrincada rede de relações e, ao final, percebe-se unido com algo muito maior, a totalidade, o cosmos.
A Ciência parte do externo descrevendo um círculo de conhecimentos que nos leva à compreensão interna de nossa unidade com o Todo.
A Tradição parte do interno descrevendo um círculo de conhecimentos que nos leva à compreensão externa de nossa unidade com Todo.
No meio do caminho, o Caminho do Meio, nos mostrando a possibilidade de realizar em nós e em nossas produções o equilíbrio entre os extremos. Podendo optar entre inverno e verão, dois extremos, podemos também optar por primavera e outono, espaço-tempo onde os opostos se complementam, a vida explode em diversidade e todas as possibilidades estão latentes.
Em Gaia Terranova buscamos o Caminho do Meio, espaço-tempo onde Ciência e Espiritualidade, dentro e fora, razão e emoção, objetivo e subjetivo, reducionismo e holismo se encontram, dialogam e buscam a complementaridade. Surge daí a complexidade, que gera e é gerada pela diversidade, pela multiplicidade, criando ambientes favoráveis à Vida, obra máxima a que podemos nos dedicar.
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Um comentário:
Bom dia
Meu nome é Everton trabalho para a ECO-LAJE .
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